As indústrias de todo o mundo perguntam “O que a IA pode fazer por nós?”
Mas a indústria da blockchain, conhecida por desafiar as normas, também está fazendo a pergunta oposta: “O que a blockchain pode fazer pela IA?”
Embora existam algumas respostas convincentes, surgiram três narrativas em torno desta questão que são frequentemente enganosas e, num caso, potencialmente até perigosas.
Narrativa nº 1: Blockchain pode combater a desinformação causada pela IA generativa
Um quadro de especialistas em um evento recente da Coinbase concluiu que “o blockchain pode combater a desinformação com assinaturas digitais criptográficas e carimbos de data/hora, deixando evidente o que é verídico e o que foi manipulado”.
Isto é verdade unicamente num sentido muito estrito.
Blockchains podem registro geração de mídia do dedo de forma à prova de falsificação, ou seja, de modo que a modificação de imagens específicas seja detectável. Mas isso está muito longe de esclarecer a autenticidade.
Considere a foto de um disco voante pairando sobre o Monumento a Washington. Suponha que alguém tenha registrado sua geração, digamos, no conjunto 20.000.000 da blockchain Ethereum. Nascente trajo diz uma coisa: a imagem do disco voante foi criada antes do conjunto 20.000.000. Ou por outra, quem postou a imagem no blockchain – vamos chamá-la de Alice – o fez assinando digitalmente uma transação. Supondo que a chave de assinatura de Alice não tenha sido roubada, fica evidente que Alice registrou a foto no blockchain.
Zero disso, entretanto, diz a você porquê a imagem foi criada. Pode ser uma foto que Alice tirou com sua própria câmera. Ou Alice pode ter obtido a imagem de Bob, que a fez no Photoshop. Ou talvez Carol tenha criado isso com uma utensílio de IA generativa. Resumindo, o blockchain não diz zero sobre se alienígenas estavam viajando por Washington, DC – a menos que você já confie em Alice para debutar.
Algumas câmeras podem assinar fotos digitalmente para autenticá-las (supondo que seus sensores não possam ser enganados, o que é um grande se), mas isso não é tecnologia blockchain.
Narrativa nº 2: Blockchain pode trazer privacidade para IA
O treinamento de protótipo é um node=”(object Object)” target=”_blank” rel=”nofollow”>alardeando as tecnologias blockchain porquê uma solução.
Blockchains, no entanto, são projetados para transparência – uma propriedade em desacordo com confidencialidade.
Os proponentes apontam para tecnologias de melhoria da privacidade avançadas pela indústria blockchain para resolver esta tensão – mormente provas de conhecimento zero. As provas de conhecimento zero, no entanto, não resolvem o problema da privacidade no treinamento de modelos de IA. Isso porque uma prova de conhecimento zero não esconde segredos de quem está construindo a prova. Provas de conhecimento zero são úteis se eu quiser esconder meu dados de transação de você. Mas eles não permitem meu para calcular de forma privada seu dados.
Existem outras ferramentas criptográficas e de segurança mais relevantes com nomes esotéricos, incluindo criptografia totalmente homomórfica (FHE), computação multipartidária segura (MPC) e enclaves seguros. Estes podem, em princípio, estribar a IA que preserva a privacidade (especificamente, “aprendizagem federada”). Cada um tem advertências importantes, no entanto. E reivindicá-los porquê tecnologias específicas de blockchain seria um excesso.
Narrativa nº 3: Blockchains podem capacitar bots de IA com numerário – e isso é uma coisa boa
Jeremy Allaire, CEO da Circle, observou que os bots já estão realizando transações usando criptomoeda e tuitou que “IA e Blockchains são feitos um para o outro”. Isto é verdade no sentido de que a criptomoeda é uma boa combinação para as capacidades dos agentes de IA. Mas também é preocupante.
Muitas pessoas se preocupam com o trajo de os agentes de IA escaparem do controle humano. Os cenários clássicos de pesadelo envolvem veículos autônomos matando pessoas ou armas autônomas alimentadas por IA que se tornam desonestas. Mas há outro vetor de fuga: o sistema financeiro. Moeda é igual a poder. Dê esse poder a um agente de IA e ele poderá originar danos reais.
Nascente problema é o tema de um cláusula de pesquisa do qual fui coautor em 2015/6. Meus colegas e eu examinamos a possibilidade de contratos inteligentes, programas que intermediam transações de forma autônoma no Ethereum, serem usados para facilitar o transgressão. Usando as técnicas desse documento e um sistema oráculo de blockchain com chegada a LLMs (Large Language Models), porquê o ChatGPT, os malfeitores poderiam, em princípio, lançar contratos inteligentes “desonestos” que pagam maquinalmente recompensas pela prática de crimes graves.
Leia mais em nossa seção de opinião: Uma vez que um contrato inteligente escapa impune de assassínio: uma revisão de ‘The Oracle’
Felizmente, contratos inteligentes desonestos desse tipo ainda não são possíveis nas blockchains de hoje – mas a indústria de blockchain e os entusiastas da criptografia precisarão levar a sério a segurança da IA porquê uma preocupação futura. Terão de considerar mitigações, tais porquê intervenções conduzidas pela comunidade ou barreiras de proteção em oráculos para ajudar a substanciar a segurança da IA.
A integração de blockchains e IA é uma promessa clara. A IA pode aditar flexibilidade sem precedentes aos sistemas blockchain, criando interfaces de linguagem proveniente para eles. As blockchains podem fornecer novos quadros financeiros e de transparência para a formação de modelos e fornecimento de dados e colocar o poder da IA nas mãos das comunidades, não unicamente das empresas.
Ainda é cedo, porém, e à medida que nos tornamos líricos sobre IA e blockchain porquê uma mistura simpático de palavras-chave e tecnologias, precisamos realmente pensar – e ver – as coisas até o termo.
Ari Juels é da Weill Family Foundation e Joan e Sanford I. Weill Professor do Jacobs Technion-Cornell Institute da Cornell Tech e do Technion e membro do corpo docente de Ciência da Computação da Cornell University. Ele é codiretor da Iniciativa para Criptomoedas e Contratos (IC3). Ele também é cientista-chefe do Chainlink Labs. Ele é o responsável do romance de suspense criptográfico The Oracle (Talos Press), lançado em 20 de fevereiro de 2024.