O economista-chefe da Moody’s Analytics, Mark Zandi, disse numa entrevista recente que acredita que o Fed deveria considerar a redução das taxas de lucro, argumentando que o banco médio alcançou os seus objectivos económicos.
Os comentários de Zandi surgiram em meio ao debate contínuo sobre a atual posição política do FED. “Acho que alcançaram o seu objetivo”, disse Zandi, acrescentando: “Estamos em pleno ofício. A taxa de desemprego aumentou ligeiramente no ano pretérito para 4%, o que é consistente com uma economia de pleno ofício.”
De harmonia com Zandi, a inflação tem atingido a meta de 2% do Fed nos últimos seis a doze meses, excluindo as rendas imputadas aos proprietários. Zandi questionou a premência de manter a recente taxa elevada de 5,5%, argumentando que a economia pode não necessitar de uma política monetária tão restritiva.
“A taxa de estabilidade, que é a taxa que não promove nem restringe o prolongamento, é mais elevada do que tem sido historicamente por uma série de razões, mas não é de 5,5%”, disse Zandi. Advertindo que a manutenção de taxas de lucro elevadas pode pôr em risco a segurança económica, Zandi disse: “Enquanto a FED mantiver a mão no pescoço da economia, corre o risco de quebrar alguma coisa”.
Durante a discussão, Sarah Eisen da CNBC observou que a meta do Fed depende do índice de Despesas de Consumo Pessoal (PCE), que ainda não atingiu o nível desejado de 2%. Zandi reconheceu isto, mas disse que a tendência estava a progredir na direcção certa, salientando que a diferença se devia em grande secção à forma uma vez que o dispêndio implícito da obtenção de lar própria era medido.
Eisen manifestou preocupação com o potencial de reacender da inflação, principalmente tendo em conta os fortes números do ofício e do prolongamento salarial anunciados recentemente. Zandi respondeu atribuindo os fortes números de ofício ao aumento da imigração e notando sinais de um abrandecimento do mercado de trabalho, incluindo taxas de desemprego e de contratação mais elevadas em verificação com o ano anterior, despedimentos, postos de trabalho não preenchidos, empregos temporários e declínios nas horas trabalhadas.
Apesar do possante mercado de trabalho, Zandi acredita que os dados fundamentais não apontam para uma dinâmica económica iminente. “A inflação anual no IPC é de 3%, o que significa que o prolongamento real foi zero no ano pretérito”, disse ele e acrescentou: “Isto não mostra que as coisas estão a correr”.
Questionado sobre se a recente política da Fed é equivocada, Zandi manifestou preocupação com o facto de o dilação dos cortes nas taxas até Setembro poder ter repercussões económicas mais significativas. Embora reconhecesse que a economia era resiliente e poderia evitar uma aterragem brusca, argumentou que os riscos de fracasso político estavam a aumentar.
“O cenário mais provável é que eles consigam e a economia tenha uma aterragem suave”, disse Zandi. “Mas o risco de errar cá também aumenta. A questão é: por que eles correriam esse risco?”
*Leste não é um parecer de investimento.