Nos últimos anos, a China embarcou numa jornada ambiciosa para redefinir o seu papel no cenário financeiro global, aproveitando os avanços tecnológicos para potencialmente remodelar a forma uma vez que as transações globais são conduzidas.
No núcleo desta iniciativa está o programa piloto para o e-CNY, a moeda do dedo da China, que está agora a chegar aos mercados internacionais, nomeadamente em Hong Kong, para utilização no retalho, anunciado em maio de 2024. Esta medida reflete os esforços anteriores da China para expandir o alcance das suas soluções de pagamento, uma vez que UnionPay e Alipay, que tiveram sucesso misto no exterior.
O caminho a seguir para o e-CNY está envolvido em incertezas. A introdução de uma moeda do dedo apoiada pelo Estado à graduação internacional apresenta uma infinidade de desafios tecnológicos, regulamentares e geopolíticos. Será que o e-CNY terá sucesso no cenário global ou irá vacilar sob o peso da sua própria sofreguidão?
Compreendendo o e-CNY
O e-CNY, ou yuan do dedo, é a moeda do dedo do banco meão (CBDC) apoiada pelo Estado da China e foi projetada para funcionar junto com o renminbi tradicional. O e-CNY não é uma criptomoeda uma vez que o Bitcoin
O yuan do dedo funciona num sistema de dois níveis: o PBOC emite e-CNY aos bancos comerciais e outras instituições financeiras, que depois distribuem a moeda ao público. Esta abordagem garante que o banco meão mantém o controlo sobre a oferta monetária, ao mesmo tempo que aproveita a infra-estrutura financeira existente para distribuição e gestão. A tecnologia por trás do e-CNY inclui recursos exclusivos projetados para facilitar o uso, uma vez que recursos de transação off-line e compatibilidade com plataformas de pagamento traste existentes.
O e-CNY também incorpora protocolos de segurança avançados para prevenir fraudes e prometer a integridade das transações. Isto é fundamental, pois as transações digitais podem ser suscetíveis a ameaças cibernéticas. O sistema foi projetado para ser rastreável e anônimo, até notório ponto, equilibrando as preocupações de privacidade com os requisitos regulatórios.
Vantagens em relação às moedas tradicionais e digitais
Uma das principais vantagens do e-CNY é o seu potencial para reduzir significativamente os custos de transação e os tempos de processamento. Internamente, a plataforma foi concebida para reduzir a influência descomunal do Alipay e do WeChat Pay, fornecendo uma opção confiável e inabalável. Para transações internacionais, o e-CNY poderia ignorar os intermediários bancários e de pagamento tradicionais e as taxas associadas.
Ou por outra, ao contrário das criptomoedas descentralizadas, a convergência do e-CNY significa que pode ser perfeitamente integrado no sistema financeiro existente da China, permitindo uma implementação mais robusta da política monetária. A natureza do dedo da moeda também promove a inclusão financeira, proporcionando chegada a serviços bancários a populações carenciadas, tanto a nível pátrio uma vez que, potencialmente, a nível internacional.
Contexto histórico e lições da UnionPay e da Alipay
Para compreender a trajetória potencial da expansão internacional do e-CNY, é instrutivo olhar para as anteriores iniciativas no exterior dos gigantes financeiros da China, UnionPay e Alipay. Estas entidades conquistaram nichos substanciais nos mercados globais, fornecendo informações importantes sobre a estratégia financeira internacional da China e oferecendo lições que poderão influenciar a implementação do e-CNY.
A UnionPay, fundada em 2002, tornou-se uma das maiores organizações de pagamento com cartão do mundo. A sua expansão internacional foi impulsionada pelo crescente número de viajantes chineses no estrangeiro e pela crescente presença global de empresas chinesas. A UnionPay impulsionou fortemente a sua rede de corroboração global e os cartões UnionPay são agora aceites em mais de 180 países e regiões, facilitados por parcerias com bancos e instituições financeiras locais. A chave para o sucesso da UnionPay foi a sua capacidade de fornecer um método de pagamento familiar para cidadãos chineses no exterior, garantindo ao mesmo tempo compatibilidade e facilidade de integração com infraestruturas de pagamento existentes no exterior.
Aliás, a UnionPay também emite cartões no estrangeiro, uma iniciativa que teve um sucesso misto.
Soluções de pagamento transfronteiriço da Alipay
A Alipay, segmento do Ant Group, expandiu os seus serviços internacionalmente, visando inicialmente turistas chineses e expatriados, permitindo-lhes fazer pagamentos no estrangeiro tão facilmente uma vez que no seu país. A estratégia da Alipay concentrou-se em gateways de pagamento online e posteriormente expandiu-se para pagamentos em lojas no exterior. Eles formaram parcerias estratégicas com comerciantes internacionais e adaptaram seus serviços aos comportamentos e regulamentações locais dos consumidores. Esta abordagem não unicamente simplificou as transações para os usuários, mas também aumentou a corroboração e o uso do Alipay fora da China.
Desde logo, o Ant Group lançou o Alipay+, que discutimos anteriormente, para gerar uma experiência de pagamento transfronteiriça mais integrada. Através de códigos QR, as carteiras habilitadas para Alipay+ podem facilmente remunerar comerciantes ou indivíduos além-fronteiras.
Lições aprendidas
Tanto a UnionPay uma vez que a Alipay tiveram grande sucesso nos mercados estrangeiros, adaptando os seus serviços para atender às regulamentações locais e às preferências dos consumidores. O foco inicial de ambas as empresas também estava nos turistas chineses, o que era um ponto de partida originário para transações transfronteiriças.
Com empresas comerciais por trás de ambas as plataformas, permitir a expansão internacional foi relativamente simples. Eles construíram redes internacionais de pagamentos e os clientes vieram. Isto pode revelar-se um duelo maior para o e-CNY, uma vez que é principalmente uma iniciativa governamental. A parceria com instituições financeiras locais e processadores de pagamentos em mercados estrangeiros será fundamental para o sucesso do e-CNY.
Imperativos estratégicos para a expansão do e-CNY
O impulso para internacionalizar o e-CNY não é unicamente uma atualização técnica dos sistemas monetários, mas uma manobra estratégica dentro das ambições geopolíticas e económicas mais amplas da China.
Uma das principais motivações para a implementação do e-CNY é aumentar a soberania económica da China. Ao promover uma moeda do dedo que poderia potencialmente ser utilizada globalmente, a China pretende reduzir a sua obediência do sistema financeiro global escravizado pelo dólar. Esta medida é vista uma vez que uma forma de protecção contra choques financeiros externos e sanções e de aumentar o papel do renminbi no negócio e nas finanças internacionais. O e-CNY fornece uma instrumento direta e controlada pelo Estado que pode ser usada para promover mais acordos comerciais bilaterais liquidados em yuan, contornando as redes e instituições financeiras tradicionais.
A natureza do dedo do e-CNY também permite uma supervisão e controlo sem precedentes sobre os fluxos de capital. Isto atrai particularmente o governo da China, que historicamente tem procurado gerir rigorosamente o seu sistema financeiro para evitar a fuga de capitais e manter a firmeza financeira. O e-CNY poderia oferecer mecanismos mais sofisticados para monitorizar e regular as transações financeiras transfronteiriças, garantindo a conformidade com as políticas e regulamentos financeiros nacionais.
Outro imperativo estratégico é o libido de competir com sistemas de pagamento globais estabelecidos, uma vez que SWIFT, Visa e Mastercard.
Desafios e incertezas
Apesar das vantagens e ambições estratégicas associadas ao e-CNY, desafios e incertezas significativos poderão dificultar a sua corroboração e eficiência no cenário global.
Em primeiro lugar, a expansão do e-CNY está sujeita a ambientes regulatórios diversos e por vezes rigorosos em diferentes países. A abordagem de cada pátria às moedas digitais varia amplamente, influenciada por fatores uma vez que sistemas financeiros existentes, políticas monetárias e relações geopolíticas. Ou por outra, questões uma vez que a conformidade com os regulamentos financeiros internacionais, as normas de combate ao branqueamento de capitais (AML) e os requisitos de combate ao financiamento do terrorismo (CFT) colocam desafios significativos. As regras e restrições em torno do ponto de venda (PDV) também variam.
Em segundo lugar, intervenientes muito estabelecidos uma vez que a SWIFT, a Visa e a Mastercard dominam o mercado global de pagamentos, que têm a vantagem de uma infra-estrutura generalizada e da crédito construída ao longo de décadas. A introdução de um novo interveniente, principalmente um bem pelo banco meão de um único país, poderia enfrentar resistência por segmento destes sistemas enraizados e dos seus intervenientes beneficiários. O e-CNY deve oferecer vantagens atraentes ou integrações com esses sistemas para lucrar posição.
Em terceiro lugar, e potencialmente mais crítico, o pirronismo em relação ao e-CNY pode resultar de preocupações sobre vigilância, privacidade e segurança de dados, oferecido o potencial do governo chinês para monitorizar as transacções. Isto poderia dissuadir os utilizadores e as nações de adotarem o e-CNY, principalmente em regiões com relações tensas com a China. A percepção da moeda do dedo da China uma vez que uma instrumento para ampliar a sua influência geopolítica também pode levar à resistência por segmento de governos e consumidores que preferem alternativas mais neutras ou descentralizadas.
Finalmente, o sucesso do e-CNY depende fortemente da sua corroboração pelas empresas e consumidores na China e no estrangeiro. A filiação inicial poderá ser impulsionada por turistas chineses e empresas no estrangeiro, mas uma corroboração mais ampla exigirá que os intervenientes não chineses sejam convencidos dos benefícios da moeda. Isto envolve prometer que o e-CNY seja tão fácil e seguro de utilizar uma vez que outras moedas e fornecer incentivos para a adoção, tais uma vez que taxas de transação mais baixas ou capacidades de transação melhoradas.
A adoção também tem sido uma questão-chave internamente para o e-CNY. Embora o CBDC esteja integrado nas principais carteiras digitais domésticas Alipay e WeChat Pay, o uso não é tão robusto quanto o governo chinês esperava. Com a elevada corroboração de UnionPay, Alipay e WeChat Pay no estrangeiro, a adoção internacional poderá enfrentar uma guerra difícil semelhante.
Fatores críticos de sucesso para um e-CNY internacional
A integração global bem-sucedida do e-CNY depende de vários fatores críticos. Estes elementos não só determinarão a sua taxa de adoção, mas também a sua eficiência uma vez que ator competitivo no cenário internacional da moeda do dedo.
Construindo crédito e credibilidade
No núcleo do sucesso de qualquer moeda ou plataforma de pagamento, principalmente do dedo, está a crédito. O e-CNY deve estabelecer um supino nível de credibilidade em relação à sua firmeza, segurança e usabilidade. Isto significa uma proteção robusta contra ameaças cibernéticas, um quadro jurídico evidente para a sua utilização e garantia da firmeza do seu valor. Ou por outra, a transparência nas suas operações e políticas será crucial para lucrar a crédito dos utilizadores e reguladores internacionais.
Garantindo Primazia Tecnológica
A tecnologia subjacente do e-CNY deve ser capaz de mourejar com grandes volumes de transações de forma eficiente e segura. Isto inclui medidas criptográficas avançadas para proteger a privacidade do usuário, ao mesmo tempo que cumpre os requisitos regulamentares, escalabilidade para estribar o uso global e capacidades de integração perfeita com tecnologias financeiras existentes em todo o mundo. Os clientes são inconstantes. Se um pouco não funcionar, eles seguirão em frente.
Parcerias Internacionais Estratégicas
Forjar parcerias com bancos internacionais, instituições financeiras e empresas de tecnologia será crucial para a corroboração do e-CNY. Estas parcerias podem facilitar integrações mais suaves nos ecossistemas financeiros existentes, incentivar a inovação e proporcionar uma estrutura de benefícios mútuos que promova a adoção generalizada.
Incentivos para adoção orientados pelo mercado
Para incentivar a adoção, o e-CNY precisa de oferecer vantagens claras sobre as moedas e sistemas de pagamento existentes. Isto pode incluir taxas de transação mais baixas, tempos de processamento mais rápidos ou recursos de segurança aprimorados. Ou por outra, incentivos para comerciantes e consumidores mudarem para o e-CNY, tais uma vez que taxas promocionais ou escora à integração, poderiam açodar a sua corroboração. Por mais críticos que sejam, prometer que estes incentivos estejam em vigor exigirá um compromisso evidente por segmento do governo chinês. Internamente, na China, houve alguns incentivos à adoção, mas estes foram de curta duração e não muito duradouros, o que resultou numa corroboração ainda morna.
Cada um destes factores desempenha um papel fundamental no sucesso potencial do e-CNY. Ao abordar eficazmente estas áreas, a China pode aumentar a verosimilhança de o e-CNY se tornar uma moeda do dedo respeitada e amplamente utilizada no cenário global, potencialmente transformando as transações financeiras internacionais no processo.
Encontrando o sucesso
À medida que a China pilota a expansão do e-CNY nos mercados internacionais, o mundo observa com uma mistura de antecipação e pirronismo. Esta iniciativa de moeda do dedo representa um progressão significativo na evolução das finanças globais, oferecendo benefícios potenciais, tais uma vez que maior eficiência nas transações, maior inclusão financeira e maior soberania económica para a China. No entanto, o trajectória do e-CNY está repleto de desafios – desde obstáculos regulamentares e complexidades tecnológicas até tensões geopolíticas e questões de corroboração do mercado.
O potencial do e-CNY para remodelar a dinâmica do negócio e das finanças internacionais é inegável. Se for adoptada com sucesso, poderá diminuir o domínio de moedas estabelecidas uma vez que o dólar americano e modificar a estrutura das políticas económicas globais. No entanto, o intensidade em que o e-CNY alcançará estes resultados permanece incerto. O sucesso cá dependerá em grande segmento da capacidade da China de velejar na intrincada rede de relações internacionais, desafios tecnológicos e cenários regulatórios.
Nos próximos anos, a comunidade financeira global terá de escoltar de perto o progresso do e-CNY. Tornar-se-á um protótipo para futuras moedas digitais ou servirá uma vez que um história de mensagem sobre a sofreguidão em conflito com as realidades globais? As respostas a estas questões não só influenciarão a posição da China no mundo, mas também ditarão o ritmo e a natureza das inovações no sistema financeiro global.