Tokens não fungíveis (NFTs) são ativos digitais exclusivos que podem simbolizar qualquer coisa, desde arte e música até terrenos virtuais e itens de jogos. Eles explodiram em popularidade e valor nos últimos anos, atraindo a atenção de celebridades, investidores e reguladores. O regime jurídico dos NFT permanece pouco simples e duvidoso, mormente nos Estados Unidos, onde a Securities and Exchange Commission (SEC) tem domínio para regular os valores mobiliários e proteger os investidores contra fraude e manipulação.
Uma das principais questões que se colocam é se os NFTs são títulos ao abrigo das leis federais de valores mobiliários e, especificamente, se cumprem os critérios do teste Howey, o quadro jurídico estabelecido pelo Supremo Tribunal em 1946 para instituir se um instrumento é um contrato de investimento. e, portanto, uma segurança. O teste de Howey tem quatro elementos. Argumentarei que NFTs não são títulos. Aliás, abordarei também alguns dos contra-argumentos e desafios que os NFTs poderão enfrentar no horizonte e sugerirei algumas possíveis soluções e recomendações para a indústria e os reguladores.
NFTs não são investimentos de quantia, mas sim compras de bens digitais
O primeiro elemento do teste de Howey é se há um investimento de quantia ou um tanto de valor em troca do instrumento. Levante elemento geralmente é fácil de satisfazer, pois a maioria das transações financeiras envolve alguma forma de pagamento. Porém, no caso dos NFTs, o pagamento não é um investimento, mas sim a compra de um muito do dedo.
Não são ações, títulos ou derivativos que representem uma reivindicação ou recta a um fluxo de caixa horizonte ou a uma participação nos lucros. Em vez disso, são tokens digitais que comprovam a propriedade e a autenticidade de um ativo do dedo único. No meu ponto de vista, são semelhantes a outros bens digitais, uma vez que livros eletrónicos ou downloads de música, que os consumidores compram para uso e diversão pessoal, e não para fins de investimento.
NFTs não são empresas comuns, mas sim transações individualizadas e descentralizadas
O segundo elemento do teste Howey avalia a presença de um empreendimento generalidade, onde a riqueza dos investidores está vinculada ao sucesso de um emissor ou terceiro. No entanto, no caso dos NFTs, não existe tal empreendimento generalidade. As transações são descentralizadas e individualizadas, com vários artistas e criadores cunhando NFTs em diferentes redes blockchain, uma vez que Ethereum ou Solana. Os compradores de NFT confiam no livro-razão público do blockchain para verificar a autenticidade, em vez de encarregar em um emissor ou promotor específico.
Os NFTs não geram lucros, mas sim valor subjetivo e utilidade
O terceiro elemento do teste de Howey diz saudação à existência de uma expectativa razoável de lucros. Ao contrário dos investimentos tradicionais, os NFTs não geram renda nem se valorizam com base nos esforços de terceiros. Em vez disso, o seu valor provém de qualidades subjetivas uma vez que raridade, originalidade e significado cultural, e não de retornos financeiros antecipados. Os compradores de NFT não esperam lucros, mas sim valorizam os ativos por suas qualidades intrínsecas e utilidade.
Os NFTs não dependem dos esforços de terceiros, mas sim da originalidade e inovação dos criadores e da comunidade
O quarto elemento do teste de Howey examina se os lucros resultam dos esforços de outros. Ao contrário dos títulos tradicionais, os lucros do NFT não dependem do emissor ou de serviços de terceiros. O valor do NFT é impulsionado pela originalidade e inovação de artistas e desenvolvedores, não por plataformas centralizadas. Os compradores avaliam e apreciam os ativos digitais com base no julgamento pessoal, e não em influências externas.
Contra-argumentos e desafios
Apesar dos argumentos em prol dos NFTs, poderão surgir desafios potenciais por segmento dos reguladores e dos tribunais no horizonte. Um desses desafios é a classificação de certos NFTs uma vez que títulos sob testes regulatórios uma vez que os testes Howey ou Reves. Dependendo das suas características, alguns NFTs podem simbolizar ativos ou direitos do mundo real, potencialmente enquadrados na definição de títulos, mormente se prometerem fluxos de caixa futuros ou se assemelharem a instrumentos de investimento.
Aliás, mesmo que os NFTs não cumpram todos os elementos do teste de Howey, ainda podem ser considerados títulos através de uma estudo maleável. Por exemplo, se forem comercializados uma vez que investimentos ou apresentarem características de oportunidades especulativas, poderão produzir expectativas de lucro, enquadrando-se assim na regulamentação de valores mobiliários. Aliás, se os compradores reunirem fundos ou partilharem riscos e recompensas, ou se o valor dos NFTs depender do desempenho dos ativos subjacentes, os reguladores poderão considerá-los títulos.
Aliás, além das leis de valores mobiliários, os NFTs podem estar sujeitos a vários outros regulamentos com base na sua natureza e função. Regulamentos contra lavagem de quantia e sanções podem ser aplicados se os NFTs facilitarem transações ilícitas. As regulamentações fiscais poderão entrar em vigor se as transações NFT gerarem rendimentos tributáveis ou ganhos de capital. As leis de proteção ao consumidor podem ser relevantes se os NFTs envolverem práticas enganosas ou violação de contratos. Regulamentações de propriedade intelectual podem ser acionadas se os NFTs infringirem os direitos dos criadores originais.
Esta decisão pode ter consequências de longo alcance no que diz saudação à forma uma vez que os NFTs são comercializados e revendidos, uma vez que pode desempenhar um papel fundamental na mandamento se se trata de um título de conformidade com o Teste de Howey. Deve ler. https://t.co/QodwOJqlcB#NFT #lícito #law #crypto
– lawyr.eth (jurista web3) (@ethlawyr) 22 de fevereiro de 2023
Minha opinião: Possíveis soluções e recomendações
Dada a incerteza e complicação do quadro jurídico em torno dos NFTs, é importante que a indústria e os reguladores trabalhem em conjunto para encontrar possíveis soluções e recomendações que possam lastrar os interesses e necessidades de todas as partes interessadas. Cá estão algumas sugestões minhas que podem ajudar a atingir esse objetivo:
- As partes interessadas da indústria devem aderir às melhores práticas e padrões para melhorar a transparência, a responsabilização e a conformidade no mercado de NFT. Isto inclui a divulgação clara dos termos e condições das transações NFT, a implementação de medidas para prevenir fraudes e atividades ilegais e o saudação pelos direitos de propriedade intelectual. Aliás, devem adotar um comportamento responsável e ético, evitando danos ao meio envolvente, à sociedade ou ao interesse público.
- Os reguladores devem adotar uma abordagem maleável para regular o diversificado mercado de NFT. Evitar quadros excessivamente restritivos é crucial para promover a inovação e o incremento. É forçoso reconhecer as nuances entre os tipos de NFT e consultar a indústria e a comunidade para obter feedback. A monitorização e avaliação contínuas da evolução do mercado são necessárias para atualizar as políticas em conformidade.
Desfecho
Os NFTs são um fenômeno novo e excitante que revolucionou a economia e a cultura do dedo. Oferecem oportunidades e desafios sem precedentes para os criadores, consumidores e reguladores dos ativos digitais.
O regime jurídico e as implicações dos NFTs ainda não são claros e incertos, podendo variar dependendo dos factos e circunstâncias de cada caso. Portanto, é importante compreender e abordar as potenciais questões e riscos jurídicos que podem surgir da geração, distribuição e consumo de NFTs, e procurar soluções e recomendações adequadas que possam promover um mercado de NFT saudável e sustentável.