Principais fatos:
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O ICSID aceitou o pedido de Próspera para arbitragem internacional no seu conflito com o governo.
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A equipe jurídica de Próspera garante que a decisão do governo é nula.
No quadro do conflito que confronta Honduras com a cidadela bitcoiner de Próspera, o governo de Xiomara Castro recebeu o suporte de um grupo de 85 economistas membros da Internacional Progressista, uma organização que inclui progressistas e ativistas de esquerda. Isso, enquanto a equipe jurídica do projeto qualifica as ações governamentais porquê “nulas”.
Os economistas e ativistas de vários países que compõem o grupo assinaram um documento em suporte à decisão tomada há algumas semanas pelo governo hondurenho de retirar-se do tratado assinado com o Meio Internacional para Solução de Disputas sobre Investimentos (ICSID).
Trata-se de um tribunal de arbitragem internacional que depende do Banco Mundial e que estabelece um quadro jurídico para a solução de litígios entre investidores estrangeiros e os Estados anfitriões.
Recorde-se que foi perante o ICSID que em 2022 os investidores do Próspera processaram as Honduras no valor de 10,7 milénio milhões de dólares. Queixam-se ao governo pela intenção de expulsar a lei que permitiu a geração das Zonas de Tarefa e Desenvolvimento (ZEDE), regulamento que rege a cidadela e que foi promulgado pelo ex-presidente Juan Hernández (2014-2022).
Em virtude do exposto, a ZEDE de Próspera, localizada na ilhota caribenha de Roatán, está no limbo jurídico depois que o Congresso votou contra a lei, embora a revogação ainda não tenha sido ratificada.
Nesse sentido, a Internacional Progressista considera que o processo da cidadela bitcoiner representa “um poderoso caso de insulto corporativo que visa obter dois terços do orçamento anual do país porquê ressarcimento pela revogação da lei que cedeu território hondurenho a corporações estrangeiras”. Eles descrevem os investidores da Próspera porquê “criptomilionários”.
Portanto eles questionam isso naquele território Existem cidades privadas que operam de forma autônoma do governoe que seja reclamado um montante que consideram “impagável”.
O conflito tem-se agravado desde Fevereiro pretérito, quando o ICSID formalmente registrado e aceito o pedido apresentado por Próspera contra a República de Honduras.
O próximo passo seria a nomeação de árbitros. Uma situação que não agradou ao governo hondurenho, que procedeu a fazer uma “enunciação escrita de reclamação” contra o ICSID. O país anunciou assim sua saída da organização no final de agosto deste ano.
No entanto, Honduras “será obrigada a respeitar o resultado da arbitragem e qualquer outra decisão que seja apresentada antes de setembro”, segundo José Luis Moncada, ex-diretor da Sucursal de Controle Financeiro de Honduras.
Posteriormente essa data, o país não estará sujeito às disposições do ICSID sobre a solução de disputas de investimento. O que aumenta a incerteza em torno da certeza de Próspera.
Próspera recorrerá a outros enquadramentos internacionais
Em resguardo da cidadela, Jorge Colindres, secretário técnico do Próspera, enviou à CriptoNoticias a estudo realizada pela Instauração para a Liberdade Econômica de Honduras.
No documento, um grupo de advogados aponta que a decisão do Poder Executivo foi tomada sem consulta ou aprovação prévia do Congresso Pátrio da República. O que torna nula a ação de retirada do tratado.
«Para que Honduras se retire das convenções e tratados internacionais dos quais é secção, é necessária a autorização tanto do Poder Executivo quanto do Poder Legislativo, pela simples razão de que para aderir ao tratado ou tratado é necessária a aprovação de ambos os Poderes do Estado”, afirma o grupo de advogados que apoia o Próspera.
Acrescentam que, segundo estes princípios jurídicos, o governo não pode denunciar unilateralmente tratados ou acordos. Alegam também que o projeto continua protegido por numerosos quadros jurídicos a nível vernáculo e internacional.
Segundo as declarações do secretário técnico, as garantias incluem direitos constitucionalmente adquiridos pelos investidores, um tratado de segurança jurídica de 50 anos que dá garantias aos investidores e a proteção concedida pelo recta internacional através do Entendimento de Livre Negócio da América Médio, o Tratado Bilateral de Investimentos entre os Estados. Estados Unidos e Honduras.
“Todos estes acordos incluem disposições sobre proteção de investimentos e mecanismos de solução de disputas, que poderiam oferecer aos investidores estrangeiros uma selecção viável na exiguidade do ICSID«.
Os investidores do Prospera ainda esperam chegar a um tratado com o governo de Xiomara Castro que favoreça ambas as partes, porquê aponta Colindres. A teoria é que os acordos firmados em relação às ZEDEs que atuam em Honduras sejam reconhecidos e que os investimentos no Próspera sejam protegidos.
Enquanto isso, os habitantes de Roatán dividiram opiniões sobre o conflito, e eles bitcoiners que vivem na ilhota Eles continuam com suas atividades. Todos estão em alerta para eventos.
A Cidadela da Próspera foi lançada em 2020 com a promessa de um paraíso libertário. Ela se tornou conhecida no ecossistema por sua decisão declarar bitcoin (BTC) porquê moeda com curso legítimo e unidade contábil. A cidade charter promete aos investidores e às comunidades insulares impostos baixos, geração de empregos e regulamentações favoráveis às criptomoedas.