O governo dos Estados Unidos anunciou a intenção de colocar à venda quase 3.000 bitcoins no valor aproximado de 130 milhões de dólares, apreendidos no mercado ilícito Silk Road, um dos mais controversos mercados da dark web da última dezena.
De consonância com um aviso emitido por um Tribunal Distrital de Maryland no início deste mês, o governo pretende realizar a venda seguindo instruções do Ministério Público.
“Os Estados Unidos notificam sua intenção de alienar os bens apreendidos da maneira que o Procurador-Universal ordenar”, diz a nota. Também oferece a outras pessoas que não os réus um prazo de 60 dias (a partir de 10 de janeiro de 2024) para reivindicar os bens.
Espera-se, assim, que, depois de concluído o período de espera para uma eventual reclamação, prosseguir para a venda de bitcoins. Nesse momento, “os Estados Unidos terão a titularidade clara da propriedade e poderão prometer a transferência a qualquer comprador ou cessionário subsequente”, diz o aviso.
Os bens à venda consistem em dois lotes de criptomoedas apreendidos em 2021 às pessoas envolvidas nas investigações da Rota da Seda. Um deles soma a quantia de 2.874,9 bitcoins equivalentes a US$ 129 milhões, confiscados de Ryan Farace e Sean Bridges. O outro são 58,7 BTC no valor aproximado de US$ 3,3 milhões, apreendidos de Ryan Farace.
O valor em dólares de ambos os lotes de bitcoins é estimado com base no valor da moeda do dedo no momento do proclamação. Pelos cálculos, cada unidade de BTC estava avaliada em US$ 45 milénio no início de 2024.
De qualquer forma, a provável venda e liquidação destes ativos teria um impacto significativo no mercado de criptomoedas. Esse, entre uma queda no preço do bitcoin produzido depois a aprovação nos EUA de ETFs à vista.
Nos últimos anos, o Departamento de Justiça dos Estados Unidos empreendeu uma espécie de cruzada confiscar o BTC vindo do site que foi fechado pelo Federalista Bureau of Investigation (FBI) em 2013.
Além das primeiras apreensões feitas do pai do Silk Road em 2013, o governo também apreendeu US$ 3,6 bilhões em bitcoin de James Zhong em 2022. Eles também apreenderam US$ 1.000 em BTC em 2020.
Posteriormente, em dezembro do ano pretérito, um Tribunal de Apelações ordenou formalmente o confisco de mais de 69.000 bitcoins e outros ativos criptográficos do mesmo caso, conforme informou a CriptoNoticias na era. Os números indicam que os EUA confiscaram murado de 94.643 BTC.
Silk Road era um mercado online que operava na dark web e usava bitcoin para facilitar o negócio de drogas, armas e outros produtos ilegais. Foi fundada em 2011 por Ross Ulbricht, que foi recluso e réprobo à prisão perpétua em 2015.
Estados Unidos, uma baleia bitcoin
Os bitcoins que em breve estarão à venda constituem unicamente uma pequena secção das apreensões que o governo dos EUA fez até o momento.
De consonância com estatísticas do bitcointreasuries.net, em 11 de janeiro deste ano, o governo dos EUA possuía murado de 215.000 BTC, o que representa murado de US$ 8,6 bilhões em bitcoins à mudança atual. Embora o número não venha exclusivamente do Silk Road.
O BTC nas mãos do governo vem de uma série de apreensões relacionadas a atividades criminosas, realizadas desde 2020. Além do Silk Road, os recursos são oriundos de ações policiais ligadas ao hack da Bitfinex em janeiro de 2022 (94.643 BTC); e a consumição de 51.326 BTC em outros processos contra James Zhong.
Devido a todas essas apreensões, o país norte-americano tornou-se uma verdadeira baleia. De vestuário, o país detém mais BTC do que a MicroStrategy, que é uma das empresas que mais investiu em bitcoin. Foi logo que estes procedimentos se tornaram um grande negócio para os Estados Unidos.